Fundada em 1952 a Móveis Branco & Preto surgiu da colaboração dos arquitetos egressos da Universidade Mackenzie: Miguel Forte, Carlos Millan, Chen Hwa, Jacob Ruchti, Plínio Croce, Roberto Aflalo e Salvador Candia, um grupo de paulistanos que se uniu e adotaram uma linha mais sóbria de móveis, com desenho ao mesmo tempo novo e atemporal.

Estabelecidos numa loja na rua Vieira de Carvalho, no centro da capital paulista, vendiam não apenas móveis, mas também cerâmicas, presentes, objetos de arte, luminárias e tecidos, Continuando a trabalhar em seus escritórios de arquitetura, utilizaram a loja para divulgar experiências pioneiras com novas matérias primas industriais: madeira laminada, ferro soldado e plástico.

A tônica era o desenho ao mesmo tempo funcional e anatômico, com grande preocupação com o conforto. Mas não havia interesse na produção industrial: os móveis eram feitos em séries pequenas, utilizando marceneiros especializados. Cada peça das cadeiras, por exemplo, era individualmente trabalhada, resultando em unidades sólidas que ganhavam leveza graças ao design.

Com a escassez de mão de obra qualificada no artesanato de móveis, a Branco & Preto acabou encerrando suas atividades no final dos anos 50, mas teve um importante papel na difusão de um novo vocabulário formal para o móvel brasileiro.

Fonte: Galli, Vera “Cadeira, o mobiliário no Brasil” São Paulo 1988.